Eu teria odiado para sempre o árbitro que tivesse validado um lance idêntico ao protagonizado por Ruben Micael e Falcao, o qual resultou no triunfo dos Dragões sobre os ingleses do Arsenal, um jogo emocionante e rijamente disputado até ao último minuto! Jamais a revolta íntima se calaria! Mais: mesmo sendo o português que sempre tive orgulho de ser e me empenhe em continuar fiel às minhas convicções malgré tout todas as investidas levadas a cabo nas últimas décadas para ostracizar a nossa ímpar história comum, eu diria cobras e lagartos de todos os bombeiros do mundo metidos a árbitros de futebol que tivessem, de forma tão sadicamente objectiva e competente, sancionado lances de tal jaez dos quais o beneficiado não tivesse sido o FCP.! Eu iria ao rubro já que não quero ficar pelo vermelho pois é cor mais ajustada a despeitados e maldizentes invejosos. Causticado pelas actuações descategorizadas e desavergonhadamente parciais da generalidade dos árbitros comandados a partir de Lisboa, aguardei alguns segundos antes de interiorizar o desfecho da singular e não muito frequente decisão arbitral. Mas, não, o "homem" afinal, sabe da poda e não tremeu. É golo, ponto final!
Fiquei, depois, a matutar: com o fim do encontro a aproximar-se, quando normalmente, em jogos desta dimensão, os atletas acusam um natural desgaste físico e mental, dois dos protagonistas mais intervenientes ao longo da partida, Falcao e Ruben, foram capazes de manter tão elevada capacidade de lucidez e raciocínio para, sem um gesto cúmplice ensaiado evidente, numa simbiose perfeita e com a simplicidade do profissional que sabe fazer bem, executar tão rara incidência num jogo de futebol.Para isto, duas palavras me ocorrem: concentração e sagacidade!
Afinal, futebol não é só habilidade e treino!
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