Tuesday, December 31, 2013
LEIAM AMANHÃ. SEJAM MUITO FELIZES, HOJE.
Caros visitantes e amigos:
Felizmente que muitos de vós tereis no ano que vai entrar muitas razões para sorrir o que muito me agrada assim aconteça. Infelizmente, uma grande parte de nós, portugueses, por circunstâncias exteriores ao seu estado que lhe têm sido impostas, não vislumbra a esperança de que as suas preocupações possam diminuir no próximo ou até nos anos seguintes. Vive na fantasia quem negar esta realidade: o ano de 2014 será, em tudo, muito pior do que os anteriores a partir de 2008.
É óbvio que me seria muito mais grato estar agora a escrever que a situação de ansiedade que parte da população portuguesa vive na hora presente chegou ao fim. Estaria a mentir; quem afirmar que com a cessação da governação da troika, em Junho próximo, ficam resolvidos os problemas económicos de Portugal e tudo será como outrora, estará a falta à verdade, apesar de pontualmente um ou outro indicador poder ser positivo.
Em 2014 haverá um agravamento brutal de impostos, os bens essenciais serão mais caros e mais escassos, o desemprego aumentará, os salários serão reduzidos, as pensões continuarão a diminuir, as despesas com a saúde serão maiores, aumentará a contestação social e a repressão, crescerá a corrupção, o compadrio para acesso a lugares e a mordomias continuarão a florescer, haverá maior fuga aos impostos, mais multas, mais crimes, mais desespero, mais frustração, mais suicídios, cortes e ainda mais cortes a diáspora qualificada ou não será cada vez mais dramática. Em Dezembro de 2014, haverá mais descontentes do que hoje, último dia de 2013. A dívida pública continuará a agravar-se e à nossa frente continuará o atoleiro para onde nos empurram sem contemplações.
Alargar-se-à a distância entre o grande capital e as classes sociais que o sustenta. Crescerá o poder do dinheiro sem rosto e a intervenção externa na administração política das nações falidas. Os governantes serão seleccionados para executores das políticas do poder mundial do dinheiro.
A única certeza que tenho é que os portugueses vão vencer esta fase negra do presente como superaram outras ao longo da sua História. A resiliência é uma característica do nosso Povo que sempre encontrou nas cinzas da fogueira em que o pretenderam extinguir a faúlha salvadora da sua alma guerreira.
Do fundo do meu coração, desejo que tenham todos o que precisam para serem felizes.
Para o Ano Novo e para sempre!
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