O SÍMBOLO DO PARQUE VERDE DE LANHESES.
É muito frequente ouvir-se nos centros de cavaqueira ou em conversas de "matar o tempo" num grupo de amigos à mesa do café, de que o que precisávamos era disto e mais aquilo, que o que está construído assim ficava melhor se tivesse sido assado, que esta ou aquela obra já devia estar feita há décadas mas continua tudo na mesma e, quando a contragosto se constata o aparecimento de uma inovação ou iniciativa que pretenda responder às necessidades e bem-estar das populações, não tem o aproveitamento correspondente ao esforço e ao objectivo que levaram à sua implementação e, a curto prazo, o interesse esvanece-se.
Quando nasce o dia, o Parque Verde é assim.
Se tomarmos como exemplo a criação do Parque Verde de Lanheses na zona ribeirinha atravessada pela Avenida Rio Lima, que muitos recordarão como um local de densos silvedos e arborização daninha, poder-se-à constatar a actual aprazibilidade daquele frondoso e agradável espaço de verde ornado, dotado de condições esplêndidas para o descanso e lazer, para a actividade desportiva e de recreio, para a contemplação de fauna e da flora, para namorar, para picnicar, para fazer, enfim, uma coisa que só locais como este o permitem como em nenhum outro local: NADA.
Apesar disso, a frequência do Parque está abaixo do mínimo que os seus promotores certamente esperariam e que compensasse a atenção que vem merecendo o seu irrepreensível aspecto, do cuidado que lhe é concedido, virado para a renovação e implantação de inovadoras estruturas, da plantação de novas espécies arbóreas, na limpeza dos seus acessos e requalificação da via e cais do Rio Lima, num trabalho exigente e criterioso dos responsáveis e execução dos seus excelentes colaboradores contratados.
O posto de observação da fauna, cerca da ponte velha.
Lanhesense que se preze tem orgulho em tudo do que de bom aparece à nossa vista e, para o reconhecer, nem lhe é exigido que lhe ocorra o sentimento da gratidão para quem lhe proporciona as condições para fruir uma vida com mais qualidade; afinal, as pessoas, quando se disponibilizam para servir o bem das comunidades e, a favor delas realizam e pensam, põem toda a sua competência e empenho nas tarefas afins do seu estatuto não fazendo outra coisa senão cumprir o dever da função que assumiram livremente. Sensato e inteligente é sermos nós, para além de utentes e usufrutuários gratos e privilegiados, os arautos promotores, dentro e fora de portas, das raras coisas boas de que dispomos de interesse para obsequiar a quem nos visita.
Um passadiço, entre o antigo caminho de Santiago e o Parque.
Poema de verde e água feito.
Um bom começo para a requalificação necessária.
O local, um dia, ainda será o que todos anseiam.
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