LIXO.
Terminaram as cerimónias religiosas no Santuário de Fátima e quatrocentas mil pessoas que lotaram por completo o recinto, entre a nova Igreja do Santíssimo Trindade e o primitivo templo, abandonaram aquele lugar místico e sagrado.
O olho indiscreto da câmara da TV, percorre de uma ponta à outra o local onde decorreram as cerimónias e fixa-se, por breves momentos, num amontoado de lixo formado em frente da capelinha das aparições junto a uma bica de água ali existente.
CIVISMO.
Na Avenida dos Aliados, cento e cinquenta mil pessoas compareceram à missa celebrada por Sua Santidade o Papa. No palco levantado em frente à Câmara Municipal do Porto, vasos de lindas flores complementavam a beleza da estrutura criada por Siza Vieira, dispostos na base e a toda a largura da tribuna.
Mal Sua Santidade dali se retirou, centenas de presentes tomaram de assalto as flores ali colocadas e apropriaram-se delas, não de uma, o que poderia ser levado à conta de guardar em casa uma recordação do momento especial ali vivido, mas verdadeiros ramos, até todas terem desaparecido. Quando isso aconteceu, foram os próprios vasos que despertaram a cobiça de alguns devotos verdadeiros que ali estavam, conforme denunciou a locutora de serviço.
Há, ainda, um longo, muito longo caminho a percorrer até merecermos o privilégio de todos podermos viver, por inteiro, em pleno século XXI os direitos da cidadania e da democracia.
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