A foto acima, à esquerda, obtida a partir do café do Baptista ou "Tasco do Neu" reporta-se ao Largo Capitão Gaspar de Castro (Benemérito) e às três da tarde de hoje. Só os automóveis indiciam vida humana por perto, pois no espaço visível nem um cristão que seja arrisca vir para debaixo das árvores já quase despidas.
Repare-se na foto acima obtida a partir da recta de Bertiandos onde as águas atingiram já o muro e inundam a veiga, prestes a juntarem-se ao rio, ali ao lado. Basta abrir as comportas em Lindoso e o pelotão de soldados romanos do areal de Ponte de Lima estaria impedido de ouvir o chamamento do intrépido Cássio Brutos, que, montado no seu cavalo, os incita a atravessar a corrente nomeando-os um a um. Estou em crer que o episódio sustentado pela lendária descrição é bem mais provável ter acontecido em pleno Verão, onde o rio naquele local é um espelho. Se a situação fosse idêntica há que nesta altura se verifica a história que chegou até nós haveria de ter desfecho muito menos interessante...
Convido, apesar do que atrás fica dito, os meus hipotéticos leitores a ver a sazonal intempérie como uma providencial benesse. Que diabo, nós somos minhotos e possuímos características próprios que nos distinguem do resto do país. Se não fosse a água que cai durante a maior parte do ano nesta região teríamos assim tanto verde? Seria bonito carregarmos o asqueroso labéu de ouvir os sulistas insinuarem que, lá em baixo, no sul, não há penedos porque vieram todos para o norte? Nã, a mim não me achincalham. Vou vestir uma capa à prova de chuva e, ala para a caminhada.
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